Presidente nacional da Fundação Ulysses Guimarães (FUG), o deputado federal Eliseu Padilha (PMDB) apontou a descrença da sociedade em relação à capacidade de gestão dos governos como principal motivação dos protestos que sacudiram o país em junho, o que na visão dele explica a queda de popularidade dos que estão no poder sofreram nos meses seguintes. "As manifestações vieram para ficar e representarão um novo estágio da cidadania", afirmou Padilha na palestra de abertura do Congresso Estadual do PMDB, na manhã deste sábado, que superlota o Teatro dante Baroni da Assembleia Legislativa, em Porto Alegre.
Ao abordar o tema "Para onde a cidadania quer levar o Brasil", Padilha foi enfático em indicar os desafios dos partidos: "as pesquisas nos demonstraram que para 89,2% dos entrevistados a política nçao lhes dizia respeito. O desafio é interpretar esta mensagem para que que as siglas e as lideranças políticas reconquistem legitimidade", observou. As mesmas consultas coordenadas pela Fundação Ulysses Guimarães renovaram a necessidade de melhor serviços de saúde como a grande prioridade dos brasileiros, seguidos da segurança e educação.
Padilha insistiu para que o PMDB se atenha nas ações estratégicas junto aos mais de 40 milhões de jovens: "são os novos formadores de opinião junto às famílias e que lideraram um movimento político que não tinha como objetivo alcançar o poder. É um movimento pela eficiência dos serviços públicos", interpretou o presidente nacional da FUG
O futuro do PMDB na sucessão presidencialDefinindo o PMDB gaúcho como "um time pronto para ganhar", Padilha destacou o quanto o partido avançou nos últimos anos na formação de lideranças locais. "poucas vezes vi o nosso MDB com tamanha expressão e em condições de construir um caminho para reconquistar o Palácio Piratini", animou-se.
Já em relação às eleições presidenciais, Padilha assumiu um tom enigmático. "Não tenho dúvida que estaremos formalmente coligados com o PT através do vice-presidente Michel Temer. Mas só deus sabe o que vai acontecer de fato no anoque vem", destacou o deputado.
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