Com a dissolução do Movimento Estudantil durante a Ditadura Militar - por meio dos decretos 288 e 477 -, os jovens que se comunicavam através da UGES, UBES, UNE e centros acadêmicos perderam a voz. Naqueles difíceis idos de 1966, esse movimento buscou abrigo no MDB, único canal expressão democrático da época.
Neste duro cenário onde todas as liberdades eram cerceadas, o MDB do Rio Grande do Sul foi pioneiro ao criar o primeiro núcleo Jovem do Brasil. O setor surgiu informalmente em 1972 tendo Paulo Welter como primeiro presidente indicado. No ano seguinte, em 1973, Paulo Ziulkoski foi eleito oficialmente como presidente do núcleo, que comandou até 1978.
Então organizados, os jovens gritaram por liberdade. Uma das principais manifestações contra a Ditadura Militar proporcionado pela juventude emeedebista foi o jornal “Documento”, editado pelo setor, e que denunciava os abusos praticados pelo regime. O sucesso da experiência gaúcha levou Ziulkoski a criar o setor Jovem Nacional e foi também o seu primeiro presidente.
De lá para cá, a Juventude do MDB seguiu a sua militância, atualizando as bandeiras e oxigenando o pensamento político-partidário. Como núcleo de apoio, se destaca em atuações que vão ao encontro do sentimento da base de todo o país, além de oferecer importantes e qualificados quadros de liderança.
No Rio Grande do Sul, líderes como os deputados Edson Brum, Márcio Biolchi e Gabriel Souza foram lançados pela juventude do MDB.